terça-feira, 2 de agosto de 2011

- Wolfgang Amadeus Mozart

Joannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, nasceu em 27 de janeiro de 1756, na Áustria. O nome Theophilus (traduzido como “Gottlieb”, em germânico, encontrado em algumas biografias do cara) significa "amante de deus" ou "amado por deus". "Amadeus", é a versão latina deste nome. Já o sobrenome Mozart é datado do século XIV, aparecendo também como Mozarth, Motzhart, Mozhard ou Mozer. Muitos de seus membros se dedicaram à cantaria (pedras lavradas, usadas em lugar dos ladrilhos) e construção. Alguns foram artistas. Wolfgang Amadeus Mozart foi o maior deles.
Seu pai, Leopold Mozart, era músico e professor de violino. Era segundo mestre de capela da corte do arcebispado, servindo diretamente ao Príncipe-Arcebispo. Desde cedo Leopold viu que o guri dele tinha um talento fora do comum e aos quatro anos Wolfgang já sabia tocar cravo e violino e já estava compondo peças, interpretadas em dupla com sua irmã Maria Anna, apelidada de Nanneri.  Leopold fez uma espécie de Sandy e Júnior com os filhos e levou a gurizada pra uma turnê na Europa. Onde passavam, o pessoal se apaixonava pelos dois, mas o talento do guri acabou ofuscando o talento da irmã.
É que o cara era muito bom mesmo. Em Londres, entrou em contato com a música de Haydn  e ficou camarada de Johann Christian Bach, filho do Johann Sebastian Bach. Tocou pra Rainha da Inglaterra e encantava todas as cortes que visitava. Leopold encheu os bolsos e Wolfgang ganhava uma enorme fama.
E o guri crescia...
Agora, a gente tem que imaginar o contexto da música, na época. Primeiro, tem que se ter em mente que “música clássica” tem dois sentidos, dependendo de quem fala. Pra maioria do pessoal, “clássica” engloba tudo que é erudito.  Mas, na real, a música clássica só foi composta entre  1750 e 1810, incluindo aí Haydn, Mozart, e as composições iniciais de Beethoven – antes disso fica o “Período Barroco” e depois o “Romântico”.  Naquela época, o músico vivia a serviço da alta nobreza, e não passava de um criado que, depois de fornecer música para fundo de jantares e conversas, ia jantar na cozinha com os demais empregados da casa. Para agradar os seus patrões, precisava seguir as tradições musicais ou levava um pé na bunda. Não se podia criar nada fora das estruturas tradicionais. Haydn, por exemplo, era um sujeito que  aceitou bem esse trato e cumpriu muito bem as suas obrigações. Já Wolfgang Amadeus Mozart não aceitou estes limites. O cara sabia o talento que tinha e era dono de uma rebeldia natural e uma cara de pau sem tamanho: Amadeus foi sem dúvida o primeiro roqueiro do mundo!
Não, ele não queimou pianos como o Jerry Lee. Ele mudou a música e a forma como a gente conhece. Continuando...
Quando volta pra sua cidade, Salzburgo, ele é nomeado o violinista principal corte do arcebispado, mas o Príncipe-Arcebispo agora é outro: muito mais rígido e sem frescura: meio que decretou que as viagens e as invenções musicais deveriam acabar. Ou Amadeus andava na linha ou...
Wolfgang tinha 13 anos.  Angustiado, fica quatro anos no emprego, depois larga tudo e sai pela Europa, sentindo o ventinho da liberdade na cara. Acaba se apaixonando pela cantora Aloysia Weber, mas não é correspondido. Cinco anos depois, ele casa com a musicista Constanze Weber, irmã mais nova de Aloysia. Aos 23 anos ele volta pra Salzburgo com um monte de composições, mas o Príncipe-Arcebispo o escorraça na corte, expulsando-o a pontapés.
O gênio estava pagando preço alto pela obstinação em se manter fiel aos seus princípios. O cara passa a sentir na pele o desprezo da sociedade vienense que não vibrava mais com suas obras. A grande ópera As Bodas de Fígaro foi um fracasso financeiro. Em compensação, a obra foi bem recebida em Praga, o que levou à encomenda de outra ópera: Don Giovanni. Entre os tchecos foi um sucesso, mas em Viena, foi considerada “mais uma bosta do Amadeus”.
A situação econômica de Mozart piora e a fama desaparece. Quando estava na merda absoluta, um camarada maçom (isso mesmo, Amadeus foi iniciado em 14 de Dezembro de 1784 na Loja Zur Wohlthätigkeit) encomenda a ele uma ópera para o povo. A Flauta Mágica estreou triunfante em um pequeno teatro popular na periferia de Viena.  Depois disso, recebeu a encomenda de duas outras composições de vulto, o Réquiem, de um solicitante que lhe exigiu sigilo sobre a composição e desejava permanecer anônimo, e a sua última ópera, A Clemência de Tito, estreada em Praga com muito aplauso. Foi ali, em Praga, que caiu doente e nunca mais recobrou a saúde. Em novembro de 1791, ficou de cama e recebeu atendimento médico. Em dezembro pareceu melhorar, e até tocou partes do Réquiem inacabado com alguns amigos. No dia 4 teve uma piorada violenta, chamaram às pressas o médico, mas deu pra bola: lá pela uma da manhã de 5 de dezembro de 1791, o rebelde Wolfgang Amadeus Mozart morreu.
Foi velado na catedral em 6 de dezembro e foi enterrado numa vala comum no cemitério da Igreja de São Marx, nos arredores de Viena, sem ninguém a acompanhá-lo. Talvez Salieri (vá ver o filme Amadeus), Van Swieten e o aluno Süssmayr  (que um tempo depois completou o Réquiem) tenham acompanhado o enterro. Não foi erguida nenhuma lápide e o local exato da tumba pra sempre vai ser desconhecido. Os obituários foram unânimes em reconhecer a grandeza de Mozart, os maçons fizeram celebrar uma missa suntuosa no dia 10 e publicaram o elogioso sermão proferido em sua honra. Vários concertos foram dados em sua memória, e alguns em benefício de Constanze. Em Praga, as homenagens fúnebres foram ainda mais grandiosas do que em Viena.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

- New Age?



O movimento da Nova Era apareceu lá pela década de 60, no contexto do desenvolvimento da cultura hippie, em liberdade, respeito, paz e amor. É uma filosofia de vida de bem-estar e tolerância universal. É um movimento com uma forte influência oriental, com uma proposta de um novo modelo de consciência moral e integração com o meio, a Natureza e o Cosmos.
Essa Nova Era, ou “Era de Aquário” traz uma “nova mentalidade” provocando uma expressão (ou "despertar") de consciência. Para auxiliar neste processo, algumas psicotécnicas vieram à tona, como: tarô, yoga, meditação, mapa astral, esoterismo, pirâmides, cristais, numerologia, acupuntura, pacifismo, sincretismo, ecologia, busca interior, livros de autoajuda, magia, etc. A pessoa, através desse conhecimento e formas de pensar, assume-se como uma parte do ser divino.
A “Era Cristã” é considerada, pelos adeptos da Nova Era, como a “Era de Peixes” - símbolo do zodíaco. O peixe foi o primeiro símbolo cristão, e a gente vê isso todo dia nos adesivos dos carros de crentes. Conforme a astrologia, as eras do zodíaco vão se sucedendo, durando cada uma em média 2.150 anos. Estamos vivendo um momento em que está terminando a de Peixes e deve começar, em breve, a de Aquário. Crentes da Assembléia de Deus, TJs e outros dizem que a Nova Era não passa de uma fraude, que prepara o terreno para o surgimento do anticristo, onde serão unificadas as religiões. Para ouvir mais baboseiras a esse respeito, puxe conversa com o crente mais próximo de você ;-)
Bom. A música New Age (Nova Era, em inglês, pra quem não tem ideia do idioma bretão) recorre a sonoridades e arranjos harmónicos sugestivos, que propiciam estados de espírito tranquilos e de comunhão com o Cosmo. Tem  uma melodia suave, sons instrumentais de harpa, teclado, flauta, violão, órgão e vozes etéreas, podendo utilizar sons da natureza em suas músicas. A Música New Age é muito usada para meditação e relaxamento e busca despertar sentimentos de harmonia, paz interior e valorização da natureza: animais, plantas e recursos minerais.
Uma das mais antigas vertentes da New Age é a Space Music conhecida pelas obras de temas espaciais criadas na década de 70 e 80 produzidos através de texturas eletrônicas e sons sintetizados por artistas como Vangelis e Jean Michel Jarre. Atualmente, a boa música New Age é representada por  grupos como Era, Secret Garden, Enigma, Sarah Brightman, Adiemus, Deep Forest e um pouco daquala que é quem eu mais gosto: Lisa Thiel!. A cantora irlandesa Enya é certamente o principal expoente da música New Age mundial e Loreena McKennitt é algo que faz sonhar.
Procure e dê uma chance: Sempre é bom ouvir o canto do universo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

- Coração de Bardo


Chega de poesia, disse o bardo
E lançou fora, como um dardo
Seu despedaçado e maldito coração.
Ah, ilusão infame, enganadora
Que nesta alma apaixonada e sofredora
Encontrou sua morada de paixão.

Houve um tempo em que um poema
Nascia, assim,  qual fosse o tema
Com palavras que surgiam graciosas
Mas na escuridão em que se encontrava
A palavra amiga lhe fugia, abandonava
E a melodia suave, agora lhe era odiosa.

Arranquem-me a cabeça, ele gritou
Arrebatando os cabelos, ao solo se lançou
Como um louco à beira do abismo.
Já não suporto mais a falta de amor
Gritava ele rolando, com olhos de rancor
Desumanidade, desafeto, ódio e cinismo.

Rolou e rolou e quedou cansado
Quase sem fôlego, quase desmaiado
E uma voz fraquinha seu ouvido alcançou.
“Acaso não te seria mais pesado o fardo
Seguir como os outros, não sendo mais bardo
Só porque a inspiração te abandonou?”

Mas uma voz sábia assim merece atenção
O bardo triste voltou os olhos em sua direção
E viu espantado de quem se tratava.
Pois na loucura em que rolava pelo chão
Acabou quedando perto do próprio coração
E viu se tratar dele que a fraca voz emanava.

“Põe me no peito e segue teu destino
Acaso não estamos juntos desde menino
E alguma vez faltei-lhe em precisão?
Não me lances fora, desgraçado
Ignoras que para quem nasce bardo
Pode-se perder tudo: menos o coração?”

E o maldito se deu por vencido
Arrastou-se ofegante, ainda caído
E a mão tremendo tateou e não alcançava
Ele gastara a pouca força que ainda tinha
Arrependeu-se da própria atitude mesquinha
Mas tarde demais: o coração não mais pulsava.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

- The Buke Is On The Table



Em agosto de 1920 nascia na Alemanha, Henry Charles Bukowski Jr, o guri que seria depois conhecido como o poeta escritor Charles Bukowski, o bêbado Henry Chinaski e, na finaleira da vida, o Velho Safado. Bukowski era filho de um soldado americano e logo criança a família se mudou para os EUA. Se criou ali pelo subúrbio de Los Angeles, apanhando por qualquer motivo, saco de pancadas de um pai tão frustrado quanto austero. Na adolescência, fase em que a gente já se acha feio naturalmente, foi atacado por acnes, erupções cutâneas e inflamações que taparam seu rosto e a parte superior do corpo, passando por diversos tratamentos em hospitais públicos. As surras em casa e humilhação no colégio, foram moldando uma personalidade introspectiva e o guri acabou fugindo da vida real entrando na doce ficção dos livros e a mais doce ficção da bebida. Lia, escrevia, lutava boxe na rua e bebia. Bebia como se (e para que) a vida fosse terminar no próximo segundo.
Abandonou e retomou os estudos sem nunca se formar em jornalismo. Passou por inúmeros empregos temporários e em várias cidades americanas, sempre bebendo, brigando e escrevendo, não necessariamente nesta ordem. Se fixou como empregado dos Correios. Passava noites inteiras com o lápis em uma mão e o uísque na outra e o produto dessas noites era enviado à diversas publicações independentes e a grande maioria era recusada. De vez em quando chegava o pagamento de um ou outro texto, que virava mais bebida e mais outros tantos e tantos textos.
Barbara Frye, editora da revista Harlequin, começou a se corresponder com Buke, pois estava certa de que o cara era um gênio. Reza a lenda que a mulher teria dito que nenhum homem nunca se casaria com ela. “Eu me casarei”, respondeu Bukowski e casaram mesmo, se separando logo em seguida. Apesar de ter quase 40 anos, Buke era apenas um poeta meia boca, mas daí apareceu Henry Chinaski, seu alterego, personagem que narraria sua própria vida e experiências, criando um mito: o mito Charles Bukowski. De sua máquina de escrever saíram a vida nos becos, a repulsa, nojo, humor, paixão, melancolia, solidão e algumas sem-vergonhices. Buke pintava também, uns trecos horríveis, e nunca escondeu que o que escrevia era basicamente autobiográfico. Produziu mais de 50 livros e milhares de textos, cheios de corridas de cavalo, prostitutas e música erudita. A partir dos anos 80, Charles Bukowski firmou sua fama e tinha como atividade a leitura de seus textos e poesias em universidades e eventos culturais, onde não raro participava de escândalos e brigas com a plateia. Em 1987, Henry Chinaski foi interpretado por Mickey Rourke, no excelente filme Barfly, com Faye Dunaway.

Tem um monte de abobado que acha que o velho Hank (cada um chama ele de um jeito e para ele isso parecia ótimo!) é parte da geração beat. Buke não se encaixa nisso... O Velho Safado morreu em 9 de março de 1994, de leucemia, em seu túmulo está escrito “Don´t Try”. Para saber porquê, leia Charles Bukowski.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

- Contos de Fada


Há muitos anos, conversando com a Dafne, minha filha, vi que talvez um post assim fosse interessante. Vamos ver...
Hoje em dia, com tanto videogame, computador, celular, trecos que piscam luzes e fazem barulho, coisas que se mexem sozinhas, com tanta tecnologia, acho que ninguém mais conta historinhas para os filhos.  Fui criado ouvindo esses contos de fadas e passei isso para os meus filhos também, como a humanidade inteira faz há séculos, mas atualmente a maioria dos pais deixa essa tarefa para a Disney. “Hay quem goste dos olhos e quem goste das remela”, como diz um velho ditado aqui do sul e não vou entrar nesse mérito. O corcunda sabe o jeito que ele deita. Quero é postar algumas das verdadeiras histórias dos contos de fadas, que foram sendo alteradas através dos tempos.
Bom, pra começo de conversa, elas eram entretenimento para adultos e não foram criados para se contar às crianças. Tem uma certa proximidade com as fábulas, onde animais falam e outras coisas estranhas acontecem, histórias permeadas de entes mágicos, mas estes contos originalmente não tem nenhum ensinamento moral, em sua maioria. Charles Perrault, escritor do século XVII, foi o sujeito que “limpou” estes contos, colocando conselhos e lições. São dele os contos “clássicos” conhecidos. Já quem transformou estes contos em literatura infantil foram os mascates que vendiam artigos domésticos de um povoado para o outro e, entre eles, os “chapbooks” (ou cheep books, livros baratos, em inglês): Jacob e Wilhelm, os irmãos Grimm. Eles só apareceriam em 1812, com a maioria de seus textos copiados do Perrault. Uns vinte anos depois o poeta e romancista dinamarquês Hans Christian Andersen escreveu cerca de duzentos contos infantis, parte retirados da cultura popular, parte de sua própria lavra. Estes contos consagraram Andersen como o verdadeiro criador da literatura infantil. Depois vieram Lewis Carroll, com a Alice; Carlo Collodi, com o Pinóquio, J. M. Barrie com o Peter Pan e por aí vai... Mas, vamos aos três contos que escolhi:

BRANCA DE NEVE
Os irmãos Grimm ouviram a história das irmãs Jeannette e Amalie Hassenpflug e popularizaram o conto como Little Snow-White.
Aos sete anos, Branca de Neve provocou a ira da madrasta rainha por causa de sua beleza. Esta pede para que um caçador leve a criança para a floresta, que a mate e traga seu coração, pulmões e fígado para provar a morte. O caçador tem pena da menina e a deixa fugir, levando pra rainha os órgãos de um javali. Então a rainha come os órgãos (saboreando o que pensa ser as vísceras da pequena enteada)
A menina encontra a casa dos sete anões e eles a deixam ficar por ali, em troca de lavar, passar, costurar, limpar e arrumar a casa. A rainha descobre que ela ainda vive e tenta matar a garota em três visitas: Na primeira, ela leva um corpete de seda, e tenta matar apertando o corpete bem forte. Depois traz um pente envenenado e tenta matar penteando seus cabelos. Na terceira vez ela vem com a famosa maçã. Dessa vez os sete anões chegaram tarde demais e não conseguem acordar Branca de Neve. Ela continua uma criança linda e corada e eles a colocaram em uma cripta de vidro, sem coragem de enterrá-la.
Um dia um príncipe (pedófilo, claro: a guria tinha só sete anos!) viu a cripta com a menina e encheu o saco dos anões até ficar com ela. Seus empregados carregavam a cripta de um lado para o outro, mas um deles tropeçou e caiu, derrubando o caixão de vidro. Com a queda, Branca de Neve cuspiu o pedaço de maçã envenenada e voltou a viver.
O príncipe e Branca de Neve planejam então uma festa de casamento (viu só!) e convidam a madrasta má, porque é chegada a hora da vingança. A mulher se arruma e quando se olha no espelho mágico pergunta a ele sobre quem é a mais bela do reino e descobre que a menina está viva. Ela não dá muita bola e vai ao casamento. Quando vê que a noiva realmente é Branca de Neve, é tarde demais: eles colocam um par de sapatos de ferro na brasa, depois vestem o sapato na madrasta, a fazendo dançar até cair morta.

A BELA ADORMECIDA
Em 1634, o italiano Giambattista Basile escreveu o conto com o nome Sol, Lua e Tália (Sun, Moon, and Talia). Charles Perrault deu uma ajeitada na história e lançou A Bela Adormecida (Belle au bois Dormant), em 1697. Os irmãos Grimm também acharam o conto interessante e mudam o nome para Little Brier-Rose. O conto diz que uma farpa de linho entra sob a unha da princesa Tália e ela imediatamente cai adormecida, conforme uma profecia. O rei coloca sua filha em uma cadeira de veludo no palácio, tranca a porta e parte para sempre, tentando esquecer a sua dor. Algum tempo depois, outro rei que estava por ali caçando encontra a moça. Ele tenta acordá-la, mas, como não consegue, estupra a guria dormindo mesmo e vai embora. Nove meses depois Tália dá a luz aos gêmeos Sol e Lua, ainda sem acordar. Um dia um dos bebês suga o dedo da moça, não conseguindo encontrar o seio. Acaba extraindo a farpa e ela acorda. A guria viu que a vida dela mudou num piscar de olhos e se vê num mato sem cachorro com dois filhos pra criar.
Daí um dia, o rei estuprador se lembra dela e volta ao mesmo lugar, para ver se se diverte mais. A esposa do rei descobre e manda cozinhar as duas crianças para o marido jantar, mas o cozinheiro prepara cabritos no lugar. Então a rainha manda buscar Tália para lançá-la ao fogo, mas o rei chega e atira a própria esposa no lugar de Tália. Ele casa-se com Tália e vive com ela e seus filhos.

CHAPÉUZINHO VERMELHO
Na versão de Charles Perrault, Chapeuzinho é uma garotinha bem educada que acaba recebendo instruções falsas quando pergunta ao lobo sobre o caminho até a casa da vovó. No final, o lobo se dá bem e devora a menina, para que a moral da história seja a de que não se deve falar com estranhos.
Já na versão dos irmãos Grimm, o caçador chega na casa da vovó, vê o lobo dormindo e então usa uma tesoura para abrir a barriga do bicho e tirar as duas de dentro. Antes que o lobo acorde, a Chapeuzinho enche sua barriga com um monte de pedras pesadas. Assim que o lobo acorda e tenta correr, não consegue por causa do peso, então cai morto.

terça-feira, 24 de maio de 2011

- O Segredo da Felicidade


O mundo está certo, o Brasil está certo. Já tive vontade e já tentei de forma sincera mudar o mundo, mas com o tempo a gente percebe que tudo é do jeito que deve ser e tudo está no seu devido lugar. Claro, tem que dar uns ajustezinhos aqui e ali, mas no geral está tudo beleza.
Todas as coisas existem em prol da felicidade da maioria. Não parece, mas é. E a felicidade da maioria se consegue com pão e circo, basicamente, porque o segredo da felicidade é a burrice. O sujeito burro tem exatamente o que merece para ser feliz. Se é pobre e não tem como adquirir algo mais do que o próprio sustento (a muito custo), ele tem televisão para distrair, cachaça pra beber, um futebol ou um carteado com os amigos e em cada esquina tem uma igreja para que ele fique numa boa com a consciência cristã ou com o candomblé, pois as igrejas e as casas de batuque disputam uma guerra particular entre si, cada uma fazendo mais barulho que a outra.
Já o burro é pouco mais privilegiado que a maioria: tem o chevetinho tubarão pra equipar com um som de arrebentar as paredes e andar a 10 por hora com o braço pra fora. Funk, pagode, sertanejo, batidão bombando. É essa a felicidade: não é necessário pensar, não precisa estudar mais do que o suficiente pra passar nos colégios, não precisa ler nada que não seja página policial ou de esportes nos jornais populares, quando muito. Cerveja e dar risada, taí a felicidade do burro.
Se o sujeito burro tem dinheiro é mais privilegiado ainda! Pode dar presentinhos mais caros para a amante burra. Pode encher a barriga num restaurante caro, passar a noite torrando grana numa boate, num puteiro, numa balada. Chamar os camaradas para beber no “barco novo”. O burro endinheirado se olha no espelho fazendo cara de badass e quando não acha que está legal tem a lipo e os retoques. A grana que tem compra a felicidade dele. Tá tudo certo.
A burrice é o segredo da felicidade.  A pessoa burra é a única que pode se sentir feliz no mundo. A burrice é um jeito de permanecer na infância, pelo menos de continuar naquela doce cegueira infantil, tendo lúdicas preocupações. O funcionário burro ganha responsabilidades limitadas do patrão burro e, portanto, preocupações limitadas.  Burro é massa de manobra. Vota. É número. Não tem como negar: o Brasil tem um povo feliz e todo mundo é tão cheio de esperança e orgulhoso de ser brasileiro. Um povo feliz. Até por isso, um povo burro em sua maioria. Olha a qualidade dos programas de TV, rádio, o conteúdo da internet, os jornais, as músicas, os políticos – pelamordedeus, os políticos – tudo isso mostra o nível mental da maioria da população – daí o motivo de tanta felicidade.
Claro que o burro tem as preocupações dele. É um sujeito feliz, mas todo mundo se preocupa, não é? No entanto, o sujeito burro é agraciado pelo sono dos inocentes. É o que se chama de “dormir o sono dos justos” e eu chamo de “dormir o sono dos cornos”. Porque o corno vive na ignorância e isso faz com que ele durma alegre e feliz, sem conhecer a realidade que tiraria seu merecido descansar noturno.
A burrice é a grande solução para a falta de felicidade no mundo.  Pena que para alguns, seja tarde.


- Oito Passos da Lavagem Cerebral



Tem um conhecido meu que um dia comentou que ia num lance em que um amigo dele disse que era sensacional, oportunidade única de ganhar dinheiro e coisa e tal. Eu nunca gostei dessas coisas de pirâmide, amway, que pega o dinheiro aqui, vende isso, sobe um ponto, arrebanha mais gente, amanhã é a tua vez de ganhar, etc e tal. Quando o cara me comentou, a impressão que eu tive foi essa.
Bom, é sabido que “de onde menos se espera, dali é que não sai nada”. Atualmente, as frases de status deste conhecido meu são tipo: “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa” ou “Querer vencer significa já ter percorrido metade do caminho da Vitória”. Nunca mais falou comigo, mas nos perfis de redes sociais, ele agora aparece de gravata.
Não sei do que se trata, mas faço uma idéia do que pode ser. Li em uma Superinteressante algo que nunca mais esqueci e queria dividir aqui com quem está lendo. É um jeito de agir, uma cartilha, usada por corporações religiosas, políticas, dinheiristas e quem tem interesse em manipular as pessoas, são os famigerados...
OITO PASSOS DA LAVAGEM CEREBRAL
Eis:
• CONTROLE DE PENSAMENTO - Não é permitido ler material ou falar com pessoas que tenham idéias contrárias às do grupo. Em alguns casos, a vítima é geograficamente isolada da família e dos amigos.
• HIERARQUIA RÍGIDA - São criados modos uniformizados de agir e pensar, desenvolvidos para parecer espontâneos. A vítima é convencida da autoridade absoluta e do caráter especial - às vezes, sobrenatural - do líder.
• MUNDO DIVIDIDO - O mundo é dividido entre “bons”(o grupo) e “maus”(todo o resto). Não existe meio-termo. É preciso se policiar e ser policiado para agir de acordo com o padrão de comportamento “ideal”.
• DELAÇÃO PREMIADA - Qualquer atitude errada, ainda que cometida em pensamento, deve ser reportada ao líder. Também (e principalmente) se deve delatar os erros alheios. Isso acaba com o senso de privacidade e fortalece o líder.
• VERDADE VERDADEIRA - O grupo explica o mundo com regras próprias, vistas como cientificamente verdadeiras e inquestionáveis. A vítima acredita que sua doutrina é a única que oferece respostas válidas.
• CÓDIGO SECRETO - O grupo cria termos próprios para se referir à realidade, muitas vezes incompreensíveis para as pessoas de fora. Uma linguagem muito específica ajuda a controlar os pensamentos e as idéias.
• MEU MUNDO E NADA MAIS - O grupo passa a ser a coisa mais importante - se bobear, a única. Nenhum compromisso, plano ou sonho fora daquele ambiente é justificável.
• NINGUÉM SAI - A vítima se sente presa, pois não pode imaginar uma vida completa e feliz fora do grupo. Isso pode ser usado por políticos e militares para justificar execuções.
Se você parar para pensar, vai ver que já viu isso acontecer em vários lugares como religiões, seitas, partidos políticos, militares e gente da Oceania de 1984, de George Orwell.

quinta-feira, 31 de março de 2011

- Poema de Amor Medieval


Havia um camponês, certa feita
Que por uma camponesa suspirava
E em todo tempo de colheita
Com a camponesa encontrava.
Trocavam somente olhares
De suas vidas nada sabiam
E, assim, regressavam aos seus lares
Por saber que iam voltar, partiam.

Todo ano o campônio pensava
“Vou falar-lhe, tenho essa coragem!”
Mas a colheita iniciava e cessava
E ele contentava-se em ver sua imagem.
Um dia, andando no vilarejo
Eis que da camponesa a morada encontrou
E, alegria, vibrou-lhe tanto o desejo
Até que o companheiro dela, ele notou.

Ah, maldição do tempo já perdido!
Havia chegado tarde em seu coração.
Antes jamais a tivesse conhecido
Do que amar de longe, assim, como um ladrão.
Suspirava o campônio triste
Sentindo pena dela e de si mesmo
Mal maior será que existe?
Seguiu errante, caminhando a esmo.

“Não, espere, não vá embora!”
Atrás de si uma voz ele ouviu
Virou-se e pensou: era chegada a hora
E, finalmente ele falou, sua voz saiu:
“Sempre te amei, linda camponesa,
faltava-me coragem para  dizer
E agora vejo com dor, que estás presa
Mas, se me amas, me dá razão para viver.”

“Espera por mim, camponês errante
Ele me tem, mas não meu coração.
Estarei junto de ti, ainda que distante.
Vou me libertar, no solstício de verão.”
E o camponês morria toda a noite
E no dia seguinte acordava e renascia
A espera o marcava, como um açoite
Somente por ela agora, ele vivia.

Emagreceu, ficou doente, definhou
O tempo passava, lento a cada segundo
Olhando a lua ele esperou e esperou
Nada mais lhe interessava nesse mundo.
Ah, mas o amor profundo não é assim?
Esqueceu-se de comer e beber, era só esperar.
Mas todo o sofrimento tem seu fim
E o camponês perdeu a vida, sem notar.

E o solstício veio, e com ele a colheita
E a camponesa finalmente se libertou
Procurou o campônio, a prisão já desfeita
Mas, por mais que procurasse não o encontrou.
Acaso teria desistido de tanto esperar?
Não, ela sabia o quanto era querida
Sentou em uma pedra e resolveu aguardar
O regresso do verdadeiro amor de sua vida.

Passou o tempo, a camponesa esperava
Onde estaria o seu campônio amado?
Definhava de dia e à noite chorava
Agora ela sabia o que ele havia passado.
Perdeu a alegria, a saúde e a razão
Não era mais por ele, a morte ela ansiava
E, por fim, numa noite, acabou-lhe a solidão
E ela nem acreditou quando viu quem a olhava.

“Minha doce amada, pega minha mão
Estive aqui o tempo todo, do teu lado
Não me vias nem ouvias, mas nada foi em vão
Quando cansada, tu dormias, eu ficava acordado.
Não há nada mais triste que esperar junto
Ver sem ser visto, beijar sem ser beijado.
Cada um esperando pelo outro, no seu mundo
Mas vem comigo viver, isso tudo já é passado.”

Havia um camponês, certa feita
Que por uma camponesa suspirava
A vida é limitada, estrada estreita
Mas a eternidade, que a tudo acompanhava
Transfigurou em milagre o amor ao léu
Os fez eternos, sem limites, como antes
Hoje são duas estrelas brilhando, lá no céu,
Iluminando os sonhos dos amantes.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

- Os Três Patetas


Já faz um tempo que o humor virou uma coisa apelativa e que, muitas vezes, dá vergonha alheia, só de assistir. Os caras simplesmente tratam os espectadores como idiotas. O que é que há? O corno, o tarado, a puta, o retardado, o fresco? O humor, principalmente o de TV aberta, se resume a gente berrando como se não tivessem microfones e gente rindo de câmeras escondidas que idiotizam pessoas. No meu ver, não há nada de muito bom em matéria de humor na TV, mas nem sempre foi assim. Vem comigo...
...Vaudeville foi um gênero de entretenimento de variedades americano que durou de 1880 até 1930. Contava com salas de concerto, apresentações de cantores populares, circos de horror, museus baratos e literatura burlesca, daí a sua popularidade. A cada anoitecer, dançarinos, comediantes, animais treinados, mágicos, imitadores, acrobatas, uma mistura de coisas sem nenhuma relação uma com a outra fazia a alegria do pessoal. Ted Healy criou uma companhia e contratava artistas para o show, adquirindo certa fama como comediante. Em 1922, seus acrobatas o abandonaram e Moe Howard, um camarada de infância, respondeu ao anúncio para substituí-los. Mas Moe não era acrobata, então, começou trabalhando, primeiro, como fantoche (aqueles caras combinados que ficam misturados ao público, esperando serem chamados ao palco) e depois como humorista. Shemp Howard, irmão de Moe, entrou no espetáculo um pouco mais tarde, que consistia em Ted interpretando um sulista que contava piadas ao lado de assistentes atrapalhados.
Larry Fine era um cara que, quando criança, queimou o braço com ácido, na relojoaria do pai. A título de fisioterapia, ele começou a tocar violino e ficou bom nisso. Ted healy assistiu o cara tocando e o contratou, acrescentando Larry ao trabalho desenvolvido por Moe e Shemp. Ted Healy e Seus Patetas fizeram sua primeira aparição na tela na comédia "Uma noite em Veneza" (Soup to Nuts), em 1930. O filme não foi um sucesso com os críticos, mas a performance dos Patetas agradou e muito a Fox, que ofereceu ao trio um contrato, sim, um trio: sem Ted Healy.
Healy ficou ajojado e esperneou de todo jeito, com ação judicial, direitos autorais, etc, mas o melhor jeito de se aproximar do grupo foi na amizade e, em 1932, Healy conseguiu montar uma nova parceria com os seus ex-Patetas.
Mas Shemp já estava de saco cheio com Healy e decidiu largar o grupo, fazendo carreira solo em filmes de comédias produzidos no Brooklyn, Nova York. Depois que Shemp deitou o cabelo, Moe sugeriu a Healy que seu irmão mais novo, Jerome substituisse Shemp. Reza a lenda que o cara tinha cabelos fartos e ondulados e um belo bigode que Ted mandou que raspasse imediatamente para entrar para os Patetas.
Conhecido a partir desta depilagem como Curly, ele mergulhou com os Patetas nos shows de vaudeville e as comédias curtas da MGM. Quando acabou o contrato com a Metro, o grupo, agora conhecido como Os Três Patetas (The Three Stooges) assinou com a Columbia Pictures. Foram 190 curtas-metragens nos anos 30, 40 e 50, tornando-se recordistas na categoria.
Porém, o fato de Curly raspar a cabeça para atuar o levou a se sentir pouco atraente para as mulheres. Inseguro, começou a comer e beber até encher a cola. Durante as filmagens de Três Idiotas de Elite em 6 de maio de 1946, Curly sofreu um derrame cerebral e o filme foi terminado sem ele. Curly fez uma pequena aparição três curtas depois. Segurem o Leão! (1947), foi o único filme que continha todos os quatro Patetas originais: os três irmãos Howard e Larry. Moe pediu para que Shemp voltasse e substituísse Curly. Shemp, no entanto, estava hesitante em voltar a participar dos Três Patetas, pois já estava trilhando uma carreira solo bem sucedida, mas percebeu que Moe e Larry estariam com as carreiras acabadas, sem o grupo. Shemp queria algum tipo de garantia de que pudesse sair quando Curly estivesse recuperado, mas, infelizmente, Curly morreu em 18 de janeiro de 1952, aos 48 anos.
Três anos após a morte de Curly, Em 22 de novembro de 1955, Shemp saiu com seus amigos e foi ao Hollywood Legion Stadium ver uma luta de boxe. Após a luta, Shemp e seu amigo Al Winston pegaram um táxi para voltar para casa.
Shemp inclinou-se no banco do táxi, acendeu um charuto e caiu sobre Winston. Ele sofreu um ataque de coração fulminante e morreu aos 60 de idade. Para completar os quatro últimos curtas do contrato de Shemp, foram usadas algumas cenas antigas, combinadas com novas imagens do seu dublê, Joe Palma, filmado por trás ou com o rosto oculto.
Joe Besser substituiu Shemp em 1956, aparecendo em 16 curtas. Besser, que era pateta mas não era bobo, tinha uma cláusula no contrato proibindo que ele fosse atingido muito forte. Mas os Patetas acabaram sendo considerados apenas sombras do que já haviam sido. Moe e Larry estavam ficando mais velhos, já não podiam mais realizar cenas com quedas ou comédia física.
Daí, o inevitável aconteceu. O formato dos curtas-metragens tornou-se impraticável com o passar dos anos, em parte devido ao surgimento da televisão. A Columbia era o único estúdio que ainda fazia curtas, mas no fim de 1957, parou de fazer e dispensou o trio. No entanto, a mesma televisão que acabou com o grupo, em 1959 o lançou ao ar novamente. A Columbia, através de sua subsidiária Screen Gems liberou toda a filmografia dos Patetas para a TV, e o trio foi redescoberto pelos jovens. Logo uma enorme rede de fãs deu-lhes a chance de retomar suas carreiras. Moe e Larry discutiram vários planos para a nova turnê de filmes, mas a esposa de Besser teve um ataque cardíaco, e ele preferiu sair em carreira solo.
Joe DeRita foi convidado por Moe para se juntar ao trio, e ele rapidamente aceitou. Por causa de sua semelhança física com Curly e a pedido de Larry e Moe, DeRita foi renomeado como "Curly Joe" e se tornou o sexto e último Pateta em 1959. Fizeram uma popular série de filmes de longa metragem entre 1959-1965, com nove longas e uma série de 156 desenhos animados produzidos para a televisão.
O último projeto dos Três Patetas, Kook's Tour (1970), era um especial de uma hora feito para a televisão. Em 9 de janeiro de 1970, durante a produção do piloto, Larry Fine sofreu um derrame paralisante e não conseguiu completar o projeto, terminando sua carreira, bem como os planos para a série de televisão. 

Larry teve outro derrame em dezembro de 1974. No mês seguinte, sofreu um mais grave e entrou em coma. Morreu em 24 de janeiro de 1975, com 72 anos de idade. Mesmo devastado pela morte de seu amigo, Moe, decidiu que os Três Patetas iriam continuar. Ficou decidido que Emil Sitka substituiria Larry e diversas ideias de filmes foram consideradas. No entanto, Moe adoeceu por câncer de pulmão e morreu em 4 de maio de 1975, com 77 anos. É inconcebível a continuação do grupo sem um Howard. Durante toda a carreira dos Três Patetas, Moe foi o coração e a alma da trupe. O coração havia parado. O último pateta, DeRita morreu em Los Angeles em 3 de julho, 1993.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

- A história do Rock III

Bueno... Seguindo o cortejo....
A miscelânea de estilos, de ramificações na árvore do rock, dos anos 70 continuou de forma a se diversificar ainda mais na década de 80. A onda punk ainda estava lá, mas era uma outra geração. Quem usava camiseta, jeans e cabelos compridos era hippie velho e essa geração chegava cheia de melancolia, com uma rebeldia mais triste, sombria e solitária. As letras tinham um lirismo que representava muito bem o sentimento dos jovens da época. E neste ambiente meio pós punk, aparece, de Liverpool, o Echo and The Bunnymen - visivelmente influenciada por Beatles, The Velvet Underground e The Doors. Vem de Manchester, o Joy Division, com toda a tristeza do vocalista Ian Curtis, que acabou se enforcando aos 22 anos de idade. O resto da banda formaria o New Order. Surgiram as tribos Darks e Góticos, representados pelo Sister of Mercy, The Mission, The Cult e Bauhaus. Muita gente da Inglaterra, criando uma rebeldia melancólica.
Raul Seixas falava em uma de suas músicas: “Hey anos 80, charrete que perdeu o condutor... Hey anos 80, melancolia e promessas de amor”. Sim, além da melancolia surgia outra corrente mais divertida. Ao contrário dos góticos e darks, um pessoal queria fazer música para dançar. Era a New Wave chegando, com roupas coloridas, gel no cabelo e muita alegria, como o B’52 e o Talking Heads, de David Byrne. 
Com certeza, as três bandas mais famosas nos anos 80 foram The Cure, The Smiths e U2. A Cure tinha aquele visual dark, só usava roupa preta, batons escuros, maquiagem e cabelos arrepiados. Era a rapaziada liderada por Robert Smith. The Smiths apostava no lirismo das letras de Morrissey e nas guitarras de Jonnhy Marr. Os irlandeses da U2 desde o começo traziam uma preocupação política nas letras como em Sunday Blood Sunday. Na onda mais pop aparecem Madonna, Cindy Lauper, Michael Jackson e surge em Nova Iorque a primeira emissora de TV dedicada à música, impulsionando o rock, enchendo o rabo de jabá e popularizando os pops: era a MTV, dedicada a mostrar videoclipes de bandas e cantores.
O pessoal que curte surf acaba tendo mais o que ouvir, além de Beach Boys – apreciado desde 61. Na verdade, não existe algo chamado Surf Music como estilo, é mais o que o pessoal que surfa curte num determinado momento e, nos anos 80, aparecem de The Police, Men at Work, Australian Crawnl, Midnight Oil e Oingo Boingo. Loucuras como Nina Hagen e Falco eram comuns e, ao que tudo indica, a década de 80, por sua diversificada fauna, acabou tendo inúmeros grupos que, apesar do apelo comercial, não se desenvolveram.
Na Califórnia, os rapazes do Red Hot Chilli Pepers começam a estourar em 89, com um som pesado, às vezes misturado com hip hop - uma merda, mas tem gente que curte, e muito. Eram os anos 90 chegando e o grande movimento da década vinha de Seattle. Garotos que não estavam nem aí para o visual, vestiam jeans rasgado, camisas de flanela quadriculada e faziam um som alternativo, em pequenos clubes e bares da cidade. O que parecia um movimento underground isolado, em pouco tempo ganha o mundo com o Nirvana. O grunge explode e vira moda e atitude para milhões de adolescentes. O movimento ainda tinha Pearl Jam, Mudhoney, Soundgarten e Alice in Chains, todas de Seattle. Pronto, a geração de 90 já tinha o seu som garantido e também o seu ídolo: Kurt Cobain. O casamento com Courtney Love, para muitos, fazia lembrar a história de Sid Vicious and Nany Spungen. Amor, drogas, briga, drogas. Em pouco tempo o ídolo de milhões de jovens suicida-se aos 27 anos, com um tiro de espingarda. Morria Kurt e levava o grunge com ele.
A década de 90 também traz grupos bastante distintos, como o polêmico Oasis, dos irmãos Galangher, o Blur, de Dalman Albarn, o cultuado Radiohead, de Tom York, o Pulp, de Jarvis Cocker, e o Suede. Dando uma volta aos anos 60 aparecem bandas que fazem um sonzinho fofo, alegre, adolescente, como os escoceses do Belle and Sebastian, e a vertente que engloba o pop rock açucarado do Travis, Coldplay e Starsailor. Enquanto isso, os americanos Strokes e White Stripes e os suecos The Hives conservam o vigor do bom e velho rock in roll.
Apesar de existir desde 85, o Guns N' Roses estoura mesmo é na década de 90. Quem não conhece "Welcome to the Jungle", "Paradise City", "Don't Cry", "Sweet Child O' Mine", "Patience", "November Rain" que alcançaram o top 10 da Billboard? E o século virou... Para mim, o bom e velho rock´n roll continua sendo bom e velho. Estamos em 2023 e as décadas passadas deste milênio não deixaram muita coisa. Falar o que? Eu continuo ouvindo rock antigo...
Bom, era isso. Não sou nenhum historiador. Tentei contar o que eu podia. Um último detalhe: Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof (o cara que fez o filme The Wall, o grande clipe do Pink Floyd) organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres (Inglaterra) e na Filadélfia (EUA), com o objetivo de matar a fome na Etiópia. Estavam lá The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton e Black Sabbath. A BBC transmitiu ao vivo para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria na África. Vinte anos depois, em 2005, o mesmo Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com vários shows em mais países, pressionando os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo. Desde então o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

- A história do Rock II


Continuando o papo sobre rock, antes da virada de 60 pra 70 acontece o inesquecível festival de Woodstock, entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969. Aconteceu num um grande campo aberto em White Lake, New York e cerca de 500 mil pessoas viveram três dias de “paz e música”, embaladas pelo som dos maiores artistas de rock da época - se bem que foi um festival essencialmente hippie, porque a época política daqueles anos era propícia a isso. O ingresso para um dia de Woodstock custava 7 dólares, mas a maioria do público quebrou as cercas e entrou sem pagar nada. Joan Baez, Janis Joplin, Jimi Hendrix, The Who, Grateful Dead, Joe Cocker, Jefferson Airplane, Iron Butterfly, Creedence Clearwater, entre outros, se apresentaram a uma multidão que aguardava o sonho hippie ser concretizado.
Mas a finaleira da década ia detonar o sonho. A mulher do Roman Polanski, a atriz Sharon Tate e mais o casal Labianca são mortos por hippies fanáticos, seguidores do abobado Charles Manson, que misturava Bíblia com Beatles. Isso fez a imprensa – o maior poder do mundo – acabar com o movimento utópico.  Também acontece a morte do o ex-guitarrista do Rolling Stones, Brian Jones e tem ainda a desgraça do Festival de Altamont. Nele, 300 mil pessoas se esgualeparam com a falta de organização do festival, programado de última hora. Muita sujeira, drogas, doenças e quatro mortes foram os resultados de Altamont. Tem um documentário dos Stones, Gimme Shelter, que mostra a cena de um negrão que puxou um revólver e foi esfaqueado por membros do “Hell Angels” – que eram os seguranças improvisados do evento. Enquanto Manson queimava o filme dos Beatles, Altamont queimava o dos Stones, mostrando que a música podia ser perigosa e violenta quando o público é imaturo, destrutivo e idiota. É assim que chegam os anos 70. Morre Janis, Hendrix, e morre o poeta Morrison. Os Beatles deixam de existir. “É brabo, mas é queijo” – dizia uma velhinha sem dente comendo sabão... Continuando...
As inovações tecnológicas e a música erudita acabaram criando um estilo novo no rock: o Progressivo. Muitos músicos se utilizavam da influência de compositores como Bach ou Mozart para criar canções, como Rick Wakeman, do Yes, que tinha formação em música clássica. Alan Parsons Project, Moody Blues, King Crimson, Genesis, Jethro Tull, tudo isso era progressivo. Mas da junção do nome de dois bluesmen americanos, Pink Anderson e Floyd Council, surgiu na Inglaterra o grupo que se transformou em um ícone para o rock como forma de arte: o Pink Floyd.  No começo, o Pink Floyd tinha como letrista e guitarrista um louco, Syd Barret, que logo foi afastado por causa das drogas – uma pena, mas isso acontece todo dia em qualquer setor. 
Muita coisa acontecia de forma paralela, diferente de outras décadas em que havia uma linha concisa e bem estabelecida no que se criava. Em contrapartida ao rock progressivo, apareceu uma linha em que a energia de tocar era mais importante que a harmonia. A atitude importava, o resto era detalhe, para o pessoal dos Stoogues, de Iggy Pop. Ali estava nascendo o Punk. Iggy Pop era o anti-herói do rock: franzino e mal-encarado. Xingava a platéia e se lanhava todo no palco, se cortando e ficando coberto de sangue. Na Inglaterra, Malcom Maclaren, dono de uma loja de roupas que mais parecia um sex shop, forma a banda que seria um dos maiores fenômenos da história do rock: os Sex Pistols. Estava criada a base do movimento punk: camisetas rasgadas, alfinetes de segurança, cabelos coloridos, arrepiados ou ao estilo índio moicano eram a moda dos rebeldes londrinos. Os shows dos Pistols eram uma loucura, assim como as performances do vocalista Jonnhy Rotten (Joãozinho Podre, por causa dos dentes estragados) e do baixista Sid Vicious, que morreu de overdose, em Nova Iorque, aos 21 anos, acusado de assassinar a namorada Nancy Spungen. 
Bah, um monte de coisas acontecendo e tudo isso é rock n´roll! Outra vertente foi o chamado heavy metal. Aqui, roupas de couro pretas, cheias de tachinhas, cabelos compridos e guitarristas metidos a deuses balaqueiros. Foi daí que surgiram o Black Sabbath, de Ozzy Osbourne, Judas Priest, Scorpions, Kiss, Alice Cooper, AC/DC e muitos outros. O AC/DC sempre bateu na tecla que o som deles é simplesmente rock, diferente do som pesado dos outros. O Led Zeppelin também trafegava nessa praia, com um pouco mais de poesia, o que traria uma das melhores parcerias do rock: Robert Plant e Jimmy Page.
De outro lado, surgia um rock glamuroso (glam rock) em que a androginia era parte do visual, que carregava na maquiagem e nas roupas espalhafatosas de plumas e lamês. Assim, aparece o camaleão do rock: David Bowie, que, em 72, lançava o personagem Ziggy Stardust e virava uma lenda da música pop. Dessa leva também vem o excêntrico Roxy Music, de Brian Ferry e Brian Eno; o T-Rex, de Marc Bolan, e os alucinados rapazes do New York Dolls, que se vestiam de mulher e tocavam como loucos. Fizeram a fama, com outros artistas (Patti Smith, Television, Richard Hell), do santuário do punk de Nova Iorque: O CBGB. Dali, também, saiu a turma dos Ramones, que pode ser considerada a primeira banda realmente punk da história e fazia um som pesado e rápido, na base dos três acordes.
Nesta época, com certeza a mais criativa do rock, também apareceram bandas como Queen e Iron Maiden, que pulavam um pouco aqui e outro pouco ali, perambulando entre os estilos e criando um estilo próprio. Da Alemanha, vem um som mais conceitual, uma mistura de música erudita com efeitos eletrônicos, experimentações. Era o Kraftwerk, que pode ser considerado o precursor da música eletrônica, juntamente com o Can e o Neu. Eles estavam preparando o caminho para a nova década que estava chegando....
... E o novo texto que eu já vou escrever....

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

- A história do Rock I


Rock´n roll: tem quem goste, tem que não goste e, o que eu vou fazer? Dizem que nem o famoso JC conseguiu agradar a todo mundo: andou no meio de milhares, escolheu só doze e um deles ainda pisou na bola.
Só o fato de escrever ouvindo Led, Doors, Who ou Purple já me deixa com a sensação de ter feito minha escolha musical certa. Alguém aí sabe como é que surgiu o rock? Vamos ver...
Bueno, os negrões foram trazidos à América, como escravos, para trabalhar principalmente nas famosas plantações de algodão (quem não conhece Cotton Fields, do Creedence Clearwater Revival?) dos Estados Unidos. É justamente aí que se desenvolve o blues, um lamento, uma tristeza, entoado pelo pessoal enquanto trabalhava. O blues era basicamente voz acompanhada de violão... Nas cidades, havia o Jazz e o Country, além do ritmo quase sensual do Gospel, das igrejas.
Em meados de 1950, a economia de guerra e o desenvolvimento das indústrias acabou carregando muita gente do campo para a cidade. Assim, a mistura cultural seria inevitável. A sociedade WASP (white, anglo-saxon and protestant) continuava reprimindo os negros, que se refugiavam na música e na dança, dando vasão ao protesto que as vias convencionais não permitiam. A guitarra elétrica e demais intrumentos entram em cena e as pessoas começaram a gritar para se fazer ouvir nos bares em que tocavam, devido ao volume dos instrumentos.
Toda essa gritaria acabou criando um tipo de blues berrado, misturado com o Country, que também era um lamento camponês, criando uma forma mais agressiva de som. Era o rhythm and blues, uma música essencialmente negra, que acabava despontando para a população consumista dos Estados Unidos.
A América despontava como uma grande potência mundial e as pessoas contavam com melhores condições para gastar em entretenimento e supérfluos: consumiam como se o mundo fosse acabar – e realmente pensavam assim, movidos pelo medo de que a União Soviética promovesse a explosão de bombas atômicas. A gurizada branca não curtia o som que os seus pais gostavam e começou a buscar a música dos guetos. A indústria fonográfica não estava pronta para esse consumismo todo e as gravadoras menores começaram a gravar brancos cantando versões de músicas negras – ofuscando os verdadeiros criadores e tomando conta das paradas.
O "inventor" do termo rock and roll e grande responsável pela difusão do estilo foi o DJ Allan Freed, radialista de programas de rhythm and blues de Cleveland, Ohio, que primeiro captou e investiu na carência do público jovem consumista por um novo tipo de música mais enérgica. O primeiro roqueiro da hisória foi, sem dúvida, Bill Halley. A data mais comumente aceita como a da criação do rock and roll é a do lançamento da música Rock Around The Clock, em 12 de abril de 1954, mas eu acho isso brabo, já que o próprio Haley já tinha gravado a música Shake Rattle and Roll, que é tão rock quanto essa. Depois de Haley, outros artistas da década de 50, como Chuck Berry, Little Richard, Buddy Holly e Jerry Lee Lewis também marcaram presença na história do rock’n’roll. 
"Rock and roll" era uma gíria negra para o ato sexual e Allan Freed começou a usar esta denominação para o estilo sonoro em que estava investindo. Enquanto a gurizada curtia o rock, os adultos mais conservadores taxavam o novo ritmo como causa de toda a delinquência juvenil.
Mas, segue o baile... Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro de 1935, em Tupelo, Mississipi, em um casebre de dois cômodos. Seu irmão gêmeo, Jesse Garon, morreu ao nascer. Sabia disso? Pois é... Poderíamos ter tido dois Elvis! No dia 5 de julho de 1954, ele ensaiava algumas canções , até que, em um momento de descontração, de forma improvisada, começou a cantar o blues "That's All Right, Mama" de Arthur Crudup, provocando em Sam Phillips um grande entusiasmo. O branco com voz de negro passaria o resto da vida sendo conhecido como o Rei do Rock.
Um dos presidentes dos Estados Unidos no final da década de 1950, Eisenhower, foi um herói da Segunda Guerra; sob seu governo, o país era considerado o guardião da paz no mundo, apesar da entrada na Guerra do Vietnã. Esse acontecimento desencadeou muitas manifestações por parte dos jovens, que condenavam a guerra. Por volta de 1960, um novo personagem surge no cenário do rock, movido pelo ideal de revolução e por forte sentimento político: Bob Dylan, considerado o ponto de ruptura no modelo juvenil americano da década de 50. A música de Dylan se encaixa em um novo “modelo” de rock que surgia no começo da década de 60: a canção de protesto. Junto com Joan Baez, uma cantora de ascendência mexicana, Dylan se tornou o porta-voz da juventude pela liberdade, contra a guerra do Vietnã e o preconceito racial. Em 1963, os dois estavam na Marcha dos Direitos Civis sobre Washington, ao lado do líder negro Martin Luther King.
Na década de 60, as roupas coloridas, cabelos compridos e o “flower power” tomaram conta da América, mais especificamente da Califórnia, com o movimento hippie. Era “paz e amor”, pacifismo, amor livre e viagens de LSD. 
 Neste contexto, aparece Janis Joplin, mulher branca do Texas, que passou a adolescência ouvindo cantoras negras de blues. Outro importante artista que deixou seu nome marcado como um dos maiores guitarristas de rock foi Jimi Hendrix, que usava distorção de sons e apresentações de contorcionismos com a guitarra. Esse cara eu nunca entendi direito...  
The Doors surgiu em 1967 e teve uma curta, porém marcante carreira. Jim Morrison, vocalista e líder da banda, mostrava grande sensualidade no palco. Quase nunca estava de cara, curtia o xamanismo e é um dos maiores, senão o maior, poeta do rock de todos os tempos. Ainda tinha The Grateful Dead, Buffalo Springfield, The Byrds, The Mamas and Papas, Creedence Clearwater, Jefferson Airplane e por aí vai... Mas, mudando de cenário...
Porra, tá ficando muito extenso isso. Segue...
A classe que ascendeu na Inglaterra foi a operária, que finalmente, sob a influência do blues, deu os primeiros passos para o surgimento de importantes grupos de rock. Na cidade operária de Liverpool, um guri
chamado John Lennon formou o conjunto The Quarrymen, que nada mais era do que uma reunião informal de amigos, como eu e os guris, quando a gente se encontrava pra fazer um som. Mas o grupo do Lennon se estabilizaria em 1960, com Paul McCartney e George Harrison como guitarristas, Stu Sutcliffe no baixo e o baterista Pete Best. Quando isso acontece, surge uma “banda profissional de rock’n’roll’, os Beatles.
Em 62, Stu Sutcliffe larga a banda  e Paul vira o baixista do grupo. Pete Best também deita o cabelo, sabe-se lá porque fazer essa besteira, e Ringo Starr assume a batera. As músicas P.S. I Love You e Love me Do são as primeiras.
Também em 1960, dois camaradas de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a banda The Rolling Stones, nome usado oficialmente, pela primeira vez, numa apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962. O maior hit da banda, (I Can't Get No) Satisfaction, sai em 65.
Bueno... me iludi: pensei que dava pra contar a história do rock num texto só - olha que pensamento idiota - , mas não dá, e eu resumi isso paca. Não tem jeito, continuo o resto em outro post. Até...