sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

- A história do Rock I


Rock´n roll: tem quem goste, tem que não goste e, o que eu vou fazer? Dizem que nem o famoso JC conseguiu agradar a todo mundo: andou no meio de milhares, escolheu só doze e um deles ainda pisou na bola.
Só o fato de escrever ouvindo Led, Doors, Who ou Purple já me deixa com a sensação de ter feito minha escolha musical certa. Alguém aí sabe como é que surgiu o rock? Vamos ver...
Bueno, os negrões foram trazidos à América, como escravos, para trabalhar principalmente nas famosas plantações de algodão (quem não conhece Cotton Fields, do Creedence Clearwater Revival?) dos Estados Unidos. É justamente aí que se desenvolve o blues, um lamento, uma tristeza, entoado pelo pessoal enquanto trabalhava. O blues era basicamente voz acompanhada de violão... Nas cidades, havia o Jazz e o Country, além do ritmo quase sensual do Gospel, das igrejas.
Em meados de 1950, a economia de guerra e o desenvolvimento das indústrias acabou carregando muita gente do campo para a cidade. Assim, a mistura cultural seria inevitável. A sociedade WASP (white, anglo-saxon and protestant) continuava reprimindo os negros, que se refugiavam na música e na dança, dando vasão ao protesto que as vias convencionais não permitiam. A guitarra elétrica e demais intrumentos entram em cena e as pessoas começaram a gritar para se fazer ouvir nos bares em que tocavam, devido ao volume dos instrumentos.
Toda essa gritaria acabou criando um tipo de blues berrado, misturado com o Country, que também era um lamento camponês, criando uma forma mais agressiva de som. Era o rhythm and blues, uma música essencialmente negra, que acabava despontando para a população consumista dos Estados Unidos.
A América despontava como uma grande potência mundial e as pessoas contavam com melhores condições para gastar em entretenimento e supérfluos: consumiam como se o mundo fosse acabar – e realmente pensavam assim, movidos pelo medo de que a União Soviética promovesse a explosão de bombas atômicas. A gurizada branca não curtia o som que os seus pais gostavam e começou a buscar a música dos guetos. A indústria fonográfica não estava pronta para esse consumismo todo e as gravadoras menores começaram a gravar brancos cantando versões de músicas negras – ofuscando os verdadeiros criadores e tomando conta das paradas.
O "inventor" do termo rock and roll e grande responsável pela difusão do estilo foi o DJ Allan Freed, radialista de programas de rhythm and blues de Cleveland, Ohio, que primeiro captou e investiu na carência do público jovem consumista por um novo tipo de música mais enérgica. O primeiro roqueiro da hisória foi, sem dúvida, Bill Halley. A data mais comumente aceita como a da criação do rock and roll é a do lançamento da música Rock Around The Clock, em 12 de abril de 1954, mas eu acho isso brabo, já que o próprio Haley já tinha gravado a música Shake Rattle and Roll, que é tão rock quanto essa. Depois de Haley, outros artistas da década de 50, como Chuck Berry, Little Richard, Buddy Holly e Jerry Lee Lewis também marcaram presença na história do rock’n’roll. 
"Rock and roll" era uma gíria negra para o ato sexual e Allan Freed começou a usar esta denominação para o estilo sonoro em que estava investindo. Enquanto a gurizada curtia o rock, os adultos mais conservadores taxavam o novo ritmo como causa de toda a delinquência juvenil.
Mas, segue o baile... Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro de 1935, em Tupelo, Mississipi, em um casebre de dois cômodos. Seu irmão gêmeo, Jesse Garon, morreu ao nascer. Sabia disso? Pois é... Poderíamos ter tido dois Elvis! No dia 5 de julho de 1954, ele ensaiava algumas canções , até que, em um momento de descontração, de forma improvisada, começou a cantar o blues "That's All Right, Mama" de Arthur Crudup, provocando em Sam Phillips um grande entusiasmo. O branco com voz de negro passaria o resto da vida sendo conhecido como o Rei do Rock.
Um dos presidentes dos Estados Unidos no final da década de 1950, Eisenhower, foi um herói da Segunda Guerra; sob seu governo, o país era considerado o guardião da paz no mundo, apesar da entrada na Guerra do Vietnã. Esse acontecimento desencadeou muitas manifestações por parte dos jovens, que condenavam a guerra. Por volta de 1960, um novo personagem surge no cenário do rock, movido pelo ideal de revolução e por forte sentimento político: Bob Dylan, considerado o ponto de ruptura no modelo juvenil americano da década de 50. A música de Dylan se encaixa em um novo “modelo” de rock que surgia no começo da década de 60: a canção de protesto. Junto com Joan Baez, uma cantora de ascendência mexicana, Dylan se tornou o porta-voz da juventude pela liberdade, contra a guerra do Vietnã e o preconceito racial. Em 1963, os dois estavam na Marcha dos Direitos Civis sobre Washington, ao lado do líder negro Martin Luther King.
Na década de 60, as roupas coloridas, cabelos compridos e o “flower power” tomaram conta da América, mais especificamente da Califórnia, com o movimento hippie. Era “paz e amor”, pacifismo, amor livre e viagens de LSD. 
 Neste contexto, aparece Janis Joplin, mulher branca do Texas, que passou a adolescência ouvindo cantoras negras de blues. Outro importante artista que deixou seu nome marcado como um dos maiores guitarristas de rock foi Jimi Hendrix, que usava distorção de sons e apresentações de contorcionismos com a guitarra. Esse cara eu nunca entendi direito...  
The Doors surgiu em 1967 e teve uma curta, porém marcante carreira. Jim Morrison, vocalista e líder da banda, mostrava grande sensualidade no palco. Quase nunca estava de cara, curtia o xamanismo e é um dos maiores, senão o maior, poeta do rock de todos os tempos. Ainda tinha The Grateful Dead, Buffalo Springfield, The Byrds, The Mamas and Papas, Creedence Clearwater, Jefferson Airplane e por aí vai... Mas, mudando de cenário...
Porra, tá ficando muito extenso isso. Segue...
A classe que ascendeu na Inglaterra foi a operária, que finalmente, sob a influência do blues, deu os primeiros passos para o surgimento de importantes grupos de rock. Na cidade operária de Liverpool, um guri
chamado John Lennon formou o conjunto The Quarrymen, que nada mais era do que uma reunião informal de amigos, como eu e os guris, quando a gente se encontrava pra fazer um som. Mas o grupo do Lennon se estabilizaria em 1960, com Paul McCartney e George Harrison como guitarristas, Stu Sutcliffe no baixo e o baterista Pete Best. Quando isso acontece, surge uma “banda profissional de rock’n’roll’, os Beatles.
Em 62, Stu Sutcliffe larga a banda  e Paul vira o baixista do grupo. Pete Best também deita o cabelo, sabe-se lá porque fazer essa besteira, e Ringo Starr assume a batera. As músicas P.S. I Love You e Love me Do são as primeiras.
Também em 1960, dois camaradas de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a banda The Rolling Stones, nome usado oficialmente, pela primeira vez, numa apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962. O maior hit da banda, (I Can't Get No) Satisfaction, sai em 65.
Bueno... me iludi: pensei que dava pra contar a história do rock num texto só - olha que pensamento idiota - , mas não dá, e eu resumi isso paca. Não tem jeito, continuo o resto em outro post. Até...

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